Do “desconforto” ao encontro comigo mesma
Uma brevíssima análise da Etnomusicologia à luz das relações étnico-raciais
DOI:
https://doi.org/10.71199/bnnv0g87Palavras-chave:
Relações étnico-raciais; Etnomusicologia africanista; racismo; história da Etnomusicologia.Resumo
O presente artigo tem como objetivo fazer uma análise de alguns dos episódios inaugurais e posteriores da história da Etnomusicologia, especialmente aquela feita a partir de África ou da diáspora africana, tendo como referência alguns autores que se debruçaram sobre o assunto tanto no Brasil quanto no exterior e, em particular, autores que inseriram tal produção de conhecimento no âmbito das relações étnico-raciais, como o ganês Kofi Agawu ou o zimbabuano Mhoze Chikowero, evidenciando, assim, relações de poder e desequilíbrios cujos efeitos foram, por um lado, mitigar o epistemicídio imposto aos povos afrodescendentes pela branquitude colonial (ou neocolonial) e, por outro, negar à população negra o protagonismo no contexto de suas próprias formas de expressão, impedindo-a de trazer à baila suas narrativas e, portanto, silenciando-a no decurso da história. Sob essa perspectiva, o objetivo é investigar que espaços caberiam ao etnomusicólogo/a negro/a que se vê diante desse desconforto causado pela tendenciosa trajetória da disciplina.
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