Sem perder o compasso

A trajetória de uma mulher negra sambista em um espaço acadêmico

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.71199/5qqg2791

Palabras clave:

Música; gênero; violências; estudos; gestão; racismo estrutural

Resumen

O presente texto traz um relato sobre minha experiência enquanto mulher negra, cantora e sambista em um espaço acadêmico. Através dessa escrita, reconto minhas vivências boas e ruins, de minha trajetória até chegar a esse mundo transformador do Ensino Superior, trilhada pelos caminhos da educação. As reflexões que apresento aqui são um passeio pelas minhas memórias de infância, adolescência e vida adulta, onde evidencio que minha relação com a música, injustiças e violências de todas as vertentes fizeram parte de minha jornada desde muito cedo. Partindo dessas experiências, o texto apresenta um despertar para a vida e uma virada de chave de suma importância para os caminhos que decidi traçar em minha caminhada pessoal e profissional através dos estudos em música, violência e gênero em ambientes de conflito durante minha pós-graduação. Nele, também apresento minha experiência enquanto mulher de pele preta enquanto estive como vice-presidente da ABET, em uma gestão afirmativa, majoritariamente negra, e como precisei enfrentar as questões de racismo institucional, como um problema estrutural e social que, de “velado”, não tem nada.

Biografía del autor/a

  • Gabriela Rodrigues do Nascimento, Universidade Federal da Bahia

    É doutora em Etnomusicologia pela Universidade Federal da Bahia. Mestra em Etnomusicologia/Musicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Graduada em Ciências Biológicas e especialista em Gestão Escolar. Pós-graduanda em Musicoterapia e graduanda em Música. Tem experiência na área de Educação. Enquanto profissional, já atuou como professora de música na FASE de Porto Alegre, no ano de 2017 e como gestora em ONGS na capital gaúcha. Fez parte da equipe de apoio do Centro de Referência da Mulher- Mulheres Mirabal e foi membro do G8 (Generalizando Direitos Sexuais e de Gênero), equipe vinculada ao SAJU (Serviço de Assessoria Jurídica Universitária). Atualmente, tem atuado como professora de Artes e música das Séries Finais do Ensino Fundamental e Médio e faz parte do grupo de pesquisa e experimentos sonoros, Feminaria Musical e do Coletivo Etnomusicologia Negra. Tem como temas de interesse: educação, gênero, música e as várias vertentes de violências exercida contra a mulher negra. Foi Vice-presidente da Associação Brasileira de Etnomusicologia- gestão 2022/2024.

Publicado

2024-12-29